25 fevereiro, 2007

E


é verdade que estou(amos) farta(os) de obras.


Tenho(temos) a experiência, mínima, necessária para contruir a casa dos meus(nossos) sonhos aqui , ali ao lado dos meus pais mas ali e não .


Falta-nos o essencial. Falta-nos a disponibiliddae de tempo até aqui, onde eles passam(rão) os dias.

Mas era tão bom estar longe desta multidão, aqui onde dantes se tinha qualidade de vida e agora se têm imensas pessoas. É bom e é mau. Como quase tudo.


Fomos aqui, onde há uns anos apanhei lenha como meu primo Luís. O Luís que morreu quando tinha a vida pela frente e eu era uma míuda como ele. Às vezes ponho-me a pensar como será o D..
No futuro. Tenho receio e medo. Tenho esperança que possa aproveitar aquilo que lhe podemos dar e que possa contínuar a ser feliz como agora.


Contínuo a achar que o mais importante é ser ser feliz e equilibrado, como ele é, hoje.
Acho que a felicidade se mede pela maneira como passamos a maior parte do nosso dia, a sorrir!
Como gosto(amos) de o ver sorrir!

21 fevereiro, 2007

Um corredor


na casa dos meus pais.


Gosto de corredores, da casa, deles, dele e dele. Muito.

20 fevereiro, 2007

O que um vinho

branco de 14,5º nos faz dizer.
É a verdade, verdadinha, mas é muito amanteigado. Como quando ele me diz: "a mãe tá gira" fico derretida, fico pois.

19 fevereiro, 2007

Sou tão


feliz, só de olhar para ele. Verdadeiramente feliz.


Como é possível fazermos algo tão próximo da perfeição?


O que quero realmente é que ele possa ser sempre tão feliz como o é agora.
Tenho um verdaeiro amigo, para o resto da vida. Somos muito felizes, filho!
A maternidade muda tudo, muda-nos e ainda bem.

Obras (XI)

(Mezzanine-Sotão muito baixo)
(roupeiro)

(recuperador)

A obra anda parada. Estas têm já umas semanas, mas temos esperança daquilo estar pronto lá para a páscoa. Será?

Desde

que coloquei aquele míudo que me custa abrir isto.

Não me posso esquecer que somos felizes, afinal.

16 fevereiro, 2007

Este



foi o que fez mais sucesso na exposição, já está vendido, e vai ser limitado a um número finito de cópias. Uma é lá para casa, está mais do que definido. Nós merecemos tu mereces e a casa nôva também.

10 fevereiro, 2007

Por mais que saiba que isto existe


não posso de deixar de chorar por existirem crianças privadas de comida e do amor de todos nós. Um dia se pudesse gostava muito de ajudar a criar alguém que tem todo o direito de ser tão feliz quanto o meu filho biológico.

Pergunto-me muitas vezes se Deus joga aos dados. Pergunto-me muitas vezes se os dados não estão viciados e pergunto-me muitas vezes o porquê da maior parte de todos nós vivermos nos nossos casulos, ora felizes ora tristes e, indiferentes ao mundo lá fora onde milhões de crianças sofrem. Pergunto-me e nada faço, mas sofro e choro sempre que vejo isto. Choro e penso que o jogo dos dados foi generoso com o meu filho, comigo, com os meus pais, avós, bisavós. Porquê?


09 fevereiro, 2007

SIM

daqui

Espero que no Domingo

possamos ter um país mais justo, para todos aqueles e principalmente aquelas que não têm saídas airosas de um milgre que ainda lhe tornará a vida num inferno maior. Por elas, eles e nós acredito que o SIM é a única solução possível para haver, mais, dignidade humana e amor.
Comigo foi mais ou menos assim, comigo havia caminhos, escolhas e em última análise dinheiro fosse para o que fosse. Tivesse eu (nós) optado de outra maneira continuava a haver dinheiro para ir já ali ao lado e fazê-lo com condições de higiene e segurança, mas há quem não possa e é injusto que o dinheiro faça toda a diferença nesta história, uma história que só pode ser de amor.

O mundo é definitivamente cheio de injustiças, mas nós, todos, temos o dever de as diminuir tanto quanto possamos!

Não podia concordar

mais!

01 fevereiro, 2007

Obras (X)





Porque nem tudo pode andar a correr menos bem a cozinha já quase, quase, que está. Acabaram agora de a montar.
Falta forrar os azulejos com o mármore e mandar fazer ao Sr. Branco a bancada com as pias támbém em mármore. As pias são de mármore e vieram de casas antigas dos meus queridos avós. Vão ser reutilizadas. O Sr. Branco já fez as taças das casas de banho, também em mármore, e também idealizadas por nós. O Sr. Branco é daqueles senhores que ainda trabalha o mármore à moda de antigamente e a preços razoáveis. Tenho conhecido verdadeiros profissionais com a história da casa.
Ficou como idealizamos, bem quase, toda. A cor do carvalho poderia ter ficado um pouco mais escurecida e aquelas portas de vidro foram o cunho pessoal do Sr. Fernando. Este senhor fez tudo por medida e com uma perfeição extrema. Um homem do norte, pois claro!


Aquele fogão vai fazer as minhas (nossas) delícias. Vai, vai!

A











ementa do jantar para onze pessoas no nosso dia de anos foi:
  1. Soufflés de Camarão

  2. Creme de coentros fescos com ovos de coderniz

  3. Feijoaada de choco com enchidos e camarão

  4. Torta de laranja e amêndoa

  5. Creme de ovos moles

  6. Pão de ló com creme de chocolate

  7. Bolo de sumo de laranja merengado

  8. Laranja com canela e açucar mascavado

A isto, daqui, juntámos uma medalha em vinho verde, um tinto e mais um champanhe, muito trabalho meu e ajuda da minha mãe . Mas valeu a pena. Quer dizer para o ano só há mais se o homem cá de casa me der uma e só uma mão que as minhas duas para fazer comida para onze e ainda limpar tudo não chegam, pai!

Não sei quem



gosta e vibra mais com a música e com a leitura, se ele se nós. Fica o empate.

Ele é quem escolhe, sempre uma e só uma antes dos sonhos cô de roza. Tende a escolher os três porquinhos por causa do modo mao e do fiuhhh que ele faz para deitar a baixo a casa dos manos porquinhos. Tadinhos. A propósito de manos ele agora diz que quer mano mana. Eu, no mundo ideal, gostava também de mais uma mano e mais uma mana para ele e para nós. Gostava é isso. De volta aos livros são baratos têm um cd de música que os acompanha tem boas ilustrações e as histórias que povoaram a nossa infância. São só quatro é pena, podiam lançar mais que aqui em casa já vamos sabendo de cor música e história.

Nós


nascemos no mesmo dia e temos vinte e oito anos de diferença.

Hoje tenho trinte e um anos e tu tens três anos. Dizes três, com as mãos levantas seis dedos, três em cada e dizes: é muitoossssssss. Mas são poucos. Digo-te que tenho tinta e um e fecho e abro as mãos dez vezes, três vezes, e no fim deixo um dedo e tu dizes:"são mutosssssssss". É já foram menos. Mas quero que sejam muitos mais, afinal fazermos anos no mesmo dia tem o seu encanto.

Nascemos no mesmo dia, vinte e quatro de Janeiro, eu em mil nocecentos e setenta e seis e tu em dois mil e quatro. Somos de séculos diferentes. Mas afinal descobri que só sou deste século, acho mesmo que só nasci realmente às seis e cinquenta e oito quando te vi. Eras tão grande e tão pequeno. Tinha tantos medos e tu também devias tê-los. Tinha só medo por ti. Queria que nascesses bem. Continuo a querer, muito, que estejas bem, aliás isso é mesmo o que eu quero que sejas feliz. Acho que és, muito. Dou por mim muitas vezes a olhar para ti, já menino, a pensar que não é possível caber mais amor por ti dentro de mim. Mas é. É tanto, mas tanto e vai sempre caber mais um bocadinho de ti cá dentro de mim.

Ando

sem escrever...

Ando para aqui vir, escrever. Mas escrever alguma coisa engraçada, que às vezes o dia-a-dia podia ser como as gargalhadas dele ou os bahhhhhhhhhhhh seguidos de mãos na boca a ver-se quase, mas quase, o estomâgo. Até tenho fotografias giras dele assim, mas incorro no dilema de colocá-lo explicitamente aqui e ele daqui a a uns anos não achar a mesma graça ou antes achar tanta graça quanto eu acho aos bahhhhhhhhhhhhhhh dele agora. Não têm graça nenhuma, não fosse ele tão regila e tão meu filho eu dizia que aquilo é falta de qualquer coisa em casa, ou nele ou pior, nos pais. Sim nos pais, na mãe. É verdade a culpa é sempre nossa, principalmente das mães. E é, mas sobre meas culpas falarei quando me apetecer. Agora não me apetece.

Nem sei bem o que me apetece, aliás acho que ando com o palato infectado. Mas também já devia saber que sou assim, afinal trinta e um anos de vida e três de mãe no mesmo dia já deviam dar algum conhecimento de causa de, pelo menos, aquilo que é reincidente. Por falar em anos, ao contrário do ano passado, este ano saltei a data porque, porque, a culpa é do tempo que teima em andar mais rápido para mim, ou, eu a correr desorientada nele a achar que só eu é que ando desorientada que sou desorganizada e porque quero fazer mais do que aquilo que é razoável. E ando, mas também ando doente e cansada e do género ora contente ora muito triste porque o meu bébé é um menino grande e às vezes eu não queria, outras, queria que ele já fosse muito grande e me libertasse de uma série de medos que tenho nas minhas inúmeras visões acerca do seu futuro, do meu, do nosso, e da nossa casa que anda parada...

Quando a dose fizer efeito a sério, dado que me recusei a levar pelas entranhas a coisa por via intrevenosa que se não fosse bem dada apagava-me a ténue linha de raciocínio que, ainda, me resta, volto cá.
Há que melhorar rápido e deixar de faltar à desorganização dos meus horários que me permitem ganhar a jorna e andar cansada. Mas: agasalhe-se tome dois ben-u-rons e vai ver que ainda vem, que graça! Daí jorna que um emprego com condições e direitos é um luxo que sinto que não tenho direito, ou não me querem dar. Serei só eu? Será só a mim? Ou será que dá mesmo vontade de ir para o outro lado do mundo onde dizem ser tudo mais cor-de-rosa?