20 abril, 2007

Queria

e quero muito vir aqui falar dele.


Cada dia que passa faz-me pensar que ele só é bébé para sempre e apenas para mim.
É um menino, o meu e por isso é o mais lindo e mais maravilhoso bébé do mundo, será sempre o meu minhoco. O meu, cada vez menos meu e mais do mundo dele e dos amigôs da escola. Ele já tem amigos: "o meu ruca, a bêta, a joana e o giulerme e ...mais mamã olha ...", apresenta-os ao pai pela manhã e fala deles e das coisas deles nos jantares e aos fim-de-semanas.

Podia e devia falar de tantas coisas dele, devia escrever tantas coisas dele e dos nossos dias para não me esquecer de um dia lhe contar com as palavras certas. Mas o tempo passa e nele alguns desgostos do dia a dia do nosso país e das pessoas que nele vivem e criam um mar de injustiças que em nada me identifico, mas isso dava pano para mangas e eu não tenho tempo. Se isto fosse diferente, talvez se eu fosse diferente e visse as coisas de outra maneira, se tivesse mais tempo para ver o seu sorisso rasgado que me enche a alma e me faz acreditar que tudo vale a pena não estaria aqui agora a dizer dispartes.

Há tanto tempo que aqui não vinha há tanto tempo que quero encontrar um caminho, há tanto tempo que me encontro no meio de alguma coisa que me dá vontade de fugir....e fugo e corro e dá-me vontade de rir porque no meio disto somos felizes, muito.

Não somos?

Pode parecer muito estranho mas é verdade. O caminho é ali, se não for é acolá, logo se vê. Há sempre uma saída na estrada, há sempre mais um caminho, lá em frente. Seja ele qual for há um. É nele e com eles que eu estou e sigo em frente. Mais alegre mais desanimada mas feliz por ter caminhos e as pessoas certas nos atalhos que tomo.

02 abril, 2007

Art Déco














Cá em casa também um bocadinho, que eu começei a coleccionar há mais de quinze anos, mas o jo bateu-me aos pontos em menos anos. Pudera.



Mas aposto que os sofás da casa do Raúl Lino até que caiam no goto! Caiam pois, e a nossa mobília de quarto também. Há mais umas tolhas e lençois da época, que aquilo falta-lhe na exposição, uma falha. Deve haver mais, mas o míudo não nos deixou ver aquilo com olhos de gente.




Só é pena que a art déco tenha pouca qualidade nas madeiras que são a folheado e estragam-se com facilidade, até as dele. Mas também é isso que faz alguma da diferença na arte.


Está agora ainda mais na moda, vão aumentar os preços nas casas de velharias. Que pena as obras não nos deixarem grande espaço para manobras artísticas. Tenho mesmo pena, que eu gosto de viver dentro de casas à época dela.


Falta-nos uma escultura, não é? É caro?