sem escrever...
Ando para aqui vir, escrever. Mas escrever alguma coisa engraçada, que às vezes o dia-a-dia podia ser como as gargalhadas dele ou os bahhhhhhhhhhhh seguidos de mãos na boca a ver-se quase, mas quase, o estomâgo. Até tenho fotografias giras dele assim, mas incorro no dilema de colocá-lo explicitamente aqui e ele daqui a a uns anos não achar a mesma graça ou antes achar tanta graça quanto eu acho aos bahhhhhhhhhhhhhhh dele agora. Não têm graça nenhuma, não fosse ele tão regila e tão meu filho eu dizia que aquilo é falta de qualquer coisa em casa, ou nele ou pior, nos pais. Sim nos pais, na mãe. É verdade a culpa é sempre nossa, principalmente das mães. E é, mas sobre meas culpas falarei quando me apetecer. Agora não me apetece.
Nem sei bem o que me apetece, aliás acho que ando com o palato infectado. Mas também já devia saber que sou assim, afinal trinta e um anos de vida e três de mãe no mesmo dia já deviam dar algum conhecimento de causa de, pelo menos, aquilo que é reincidente. Por falar em anos, ao contrário do ano passado, este ano saltei a data porque, porque, a culpa é do tempo que teima em andar mais rápido para mim, ou, eu a correr desorientada nele a achar que só eu é que ando desorientada que sou desorganizada e porque quero fazer mais do que aquilo que é razoável. E ando, mas também ando doente e cansada e do género ora contente ora muito triste porque o meu bébé é um menino grande e às vezes eu não queria, outras, queria que ele já fosse muito grande e me libertasse de uma série de medos que tenho nas minhas inúmeras visões acerca do seu futuro, do meu, do nosso, e da nossa casa que anda parada...
Quando a dose fizer efeito a sério, dado que me recusei a levar pelas entranhas a coisa por via intrevenosa que se não fosse bem dada apagava-me a ténue linha de raciocínio que, ainda, me resta, volto cá.
Há que melhorar rápido e deixar de faltar à desorganização dos meus horários que me permitem ganhar a jorna e andar cansada. Mas: agasalhe-se tome dois ben-u-rons e vai ver que ainda vem, que graça! Daí jorna que um emprego com condições e direitos é um luxo que sinto que não tenho direito, ou não me querem dar. Serei só eu? Será só a mim? Ou será que dá mesmo vontade de ir para o outro lado do mundo onde dizem ser tudo mais cor-de-rosa?