30 junho, 2006
26 junho, 2006
Fui rever-me...
Ando cansada. Disto, daquilo, dele, deles e de mim nesta vidita que teima em não ser mais vida vivida, mas vida passada.
Ando cansada de tudo deixar de me apetecer."
PARTE II
Junção dos pedaços soltos nas frases a vermelho:
O mundo é simples porque Deus é simples.Sou complicada, sempre fui e desconfio que não há sermões ou mezinhas que o possam mudar. Portanto, quanto à parte da aproximação, confesso senhor padre que estou distante. Mesmo muito.O homem só se realiza no outro.Não fosse por isso não estava naquele colégio. Mas estou e estou bem. As instalações são óptimas os colegas devem ser...
"Pôr cá o pé é o mais difícil. Já cá tem o pé, agora se fizer um bom trabalho, o resto do corpo é fácil. A seu tempo.". Afinal, falar do corpo não é pecado. Pecado é, se eu, não aproveitar esta dádiva, tenha vindo ela, lá de cima ou não.
Não preciso de ser lavada. Mas ninguem me pergunta se quero. Tenho saudades e não sei se tomei a decisão certa, adequada ao que quero para ele e para nós.Sinto-me sem alegria.
...opte sempre com o coração. O que faz a diferença é o que o coração diz...
Continuo circular à volta do mesmo sem tomar decisões, a deixar passar, a aguentar a engolir e a (in)decidir o que fazer com a minha (nossa) vidita. Desculpo-me com ele, que o faço por ele...só por ele...e deixo os (meus) dias maus voltarem persistententemente.
Pedagogicamente errei ...
Amanhã acho que vou faltar, acho que não posso, mas quero e querer é puder mesmo que eles não deixem e nem percebam. Paciência.Errei no curso. Erro em continuar a desgastar-me (nos) desta forma.
Continuo farta daquilo, mas resignada. Nunca ,enquanto estudei, fiz tantos trabalhos de casa como agora.Nunca me diverti tão pouco.Nunca trabalhei tão contrarida.Nunca me ri tão pouco.Nunca sorri tanto, só porque sim."
Gosto do que faço, dos miúdos (graúdos) e tenho aprendido muito neste ano.Evolui. Ando mesmo muito cansada. De pontos brancos e outites e tudo o que acaba em "ites", principalmente todas as chatices da vida do último ano.
Ando cansada de tudo deixar de me apetecer.
PARTE III
E foi assim. O meu sorriso de pedra acabou. Sinto-me tranquila e satisfeita com o meu trabalho. Sinto-me alíviada, muito. Acho que nos sentimos todos. Disseram-me que o facto de ser independente podia ser uma qualidade mas que para ali era um defeito. Fico feliz por ser fiel a esse princípio e todos aqueles em que acredito.
Acredito que num mundo competitivo é mais importante ser do que parecer. Há aqueles os que ficam que parecem e eu que vou, sou.
(Re) Aprendi que com esforço ultrapassamo-nos. E aprendi que existem pessoas que investem a maior parte do seu trabalho em analisar o esforço dos outros com medo de se analisarem a elas próprias. Verifiquei que ser honesto é talvez a melhor forma de nos sentirmos tranquilos e que ver a falta de honestidade nos outros é a pior maneira de ser cordato.
Em forma de despedida houve alguém que me disse que nada acontece por acaso. Pois não, eu não ouvi o meu coração, que sempre me disse que aquele não era o meu lugar. Não era, não é, nem será.
24 junho, 2006
Ele

brincava, no mesmo dia, no ano passado com a máquina e agora também!
Desde o quinto dia de operação que começou a fazer as duas refeições e as intermédias, deixou de chuchar nos dedos e teve saudades do bibas (biberão). Anda muito mais mimado e agarrado à mamã e ao papá. Está farto de estar em casa e já pesa mais. Queixa-se do dente sem saber que o que lhe doí é a garganta...
Acabou-se o meu atestado vou vigiar os meninos nos exames nacionais, e não me apetece mesmo nada!
Nota: Afinal goste e muito, muito, de gelados.
20 junho, 2006
Há exactamente
agora vou andando...
Devagarinho...um passo em frente e outro atrás...mas podia ser pior....muito.
Não gosto de gelados. Tenho ainda muitas olheiras. Mas estou-me a portar muito bem. E não me peso...mas acho que tenho menos peso do que naquela fotografia!
14 junho, 2006
Já está

Correu bem.Até agora.
Há um ano atrás, no dia da operação, estavas assim...bem melhor.
Tens um grande doí-dói...mal falas...tens muita baba...e pensas que tens dói-dói no dente...não podemos sair durante quinze dias. Comes muito pouco, quase nada. Deves pesar menos do que na fotografia de há um ano atrás. Tenho que me lembrar que é um pós-operatório e que és muito pequeno. E aguentar. Queria que nunca tivesses que ter passado por isto. Há coisas que não percebo. Nem nunca vou entender.
09 junho, 2006
Porque

estamos pensativos.
Porque sabíamos que o dia em que os antibióticos deixassem de fazer efeito estaria para breve.
Porque sabemos que a operação na quarta-feira vai correr bem.
Porque estou feliz por pensar na possibilidade de uma vida (sem antibióticos) para ele.
Porque desde os 6 meses que não me lembro de um mês em que ele não estivesse doente.
Porque tenho esperança que nesta possibilidade.
Porque já não aguento mais vê-lo doente. A ele e a nós.
Porque mesmo assim, estou triste. Muito.
Porque gosto dele. Muito. Tanto.
Porque é nosso filho.
Porque ele é uma criança com dois anos e pouco.
Porque as crianças têm que ser felizes.
Porque preferia ser eu a sofrer em vez dele.
04 junho, 2006
Porque

s. f., fam.,
qualidade de maçador;
coisa aborrecida, importuna;
maçada;
baixeza.